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Chumbos custam cerca de 600 milhões de euros por ano, lê-se numa notícia da Rádio Renascença, que divulgamos. Será esta a principal razão porque o ME quer acabar com os chumbos? Face a outras medidas economicistas, fica a dúvida. Na mesma notícia fica-se a saber que, no ano lectivo 2008/2009, chumbaram nas escolas portuguesas cerca de 200 mil alunos, num universo a rondar os 1.800 milhões de alunos.
Em Portugal, é sobretudo no ensino secundário que mais se chumba. Os dados reportam-se ao ano lectivo de 2008/09 e fazem parte das estatísticas publicadas pelo Ministério da Educação.
No penúltimo ano lectivo, chumbaram, nas escolas portuguesas, cerca de 200 mil alunos, sendo que a taxa de chumbos e desistências foi superior no ensino secundário (10º/12º ano), onde, dos perto de 500 mil alunos matriculados, 93 mil não passaram de ano – o que equivale a uma taxa de 18,7% de chumbos.
No ensino básico, chumbaram cerca de 100 mil alunos, mas o universo aqui é bastante superior: estavam matriculados um milhão, duzentos e oitenta e três mil alunos (1.283.000) e a taxa de retenção situou-se nos 7,6%.
O terceiro ciclo, que corresponde aos 7º, 8º e 9º anos, foi o que mais contribuiu para este número: dos 523 mil alunos matriculados, 72 mil não passaram de ano, o que equivale a uma taxa retenção de 13,8%.
Fazendo as contas, no ano lectivo 2008/2009, chumbaram nas escolas portuguesas cerca de 200 mil alunos, num universo a rondar os 1.800 milhões de alunos.
O número de alunos que chumbam tem vindo a cair a pouco e pouco, de ano para ano, mas ainda longe do que acontece nos países nórdicos, onde a taxa de chumbos ronda o 1% e que servem de inspiração à ministra da Educação.
No futuro, anunciou Isabel Alçada numa entrevista ao semanário “Expresso”, as reprovações devem acabar – uma notícia que levantou protestos junto da oposição e avisos contra o facilitismo por parte das associações de professores.
As retenções no ensino custam cerca de 600 milhões de euros por ano.
Rádio Renascença online | 03.08.10
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