Falta de funcionários nas escolas «praticamente caótica» IOL Diário - 24/09/2010 A falta de funcionários nas escolas agravou-se este ano, dizem as associações de pais e os sindicatos do sector. «Inundados» com queixas de todo o país, consideram que esta é uma situação «perto de caótica», para a qual reclamam resolução urgente. «Se ninguém tomar medidas, não vamos conseguir controlar os pais», disse à agência Lusa o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, acrescentando à falta de auxiliares a de professores e psicólogos. A Federação Nacional da Educação (FNE) referiu que os professores estão a fazer funções de auxiliares ou assistentes operacionais. A situação das crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) está a tornar-se complicada, pois algumas precisam de cuidados quase permanentes. De acordo com as fontes contactadas pela Lusa, o rácio de um funcionário para duas turmas ou 48 alunos não está a ser cumprido em muitas escolas e mesmo este era já considerado insuficiente por pais e professores, tendo em conta as necessidades de assegurar o apoio e vigilância adequados. Num documento do conselho executivo, a CONFAP alerta para a necessidade de resolver rapidamente o problema, com uma chamada de atenção para as crianças com NEE. O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, acrescentou que a situação é «praticamente caótica e que as câmaras municipais, devido às restrições à contratação, desviam funcionários para outros serviços e o Ministério da Educação não abre concursos, mesmo tendo-se aposentado um número elevado de funcionários». «Além da limpeza e todo o apoio, está em causa a segurança e vigilância para prevenir situações de violência e indisciplina, por exemplo espaços de recreio, onde depois não há um adulto», disse Mário Nogueira. Original em: http://diario.iol.pt/sociedade/tvi24-mario-nogueira-fenprof-professores-auxiliares/1193807-4071.html |
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