Confederação de Pais admite recorrer a providências cautelares para impedir mega-agrupamentos TSF, hoje às 07:19 A Confederação das Associações de Pais (Confap) admite recorrer a providências cautelares para impedir a criação dos mega-agrupamentos de escolas já no início do próximo ano lectivo. A reorganização do sistema educativo, que prevê a criação destes mega-agrupamentos, foi já aprovada pelo ministério e vai juntar cerca de uma centena de escolas dos ensinos básicos e secundário, 8 por cento do total. O presidente da Confap, Albino Almeida, critica que quem dirige as escolas não tenha sido ouvido e denuncia pressões para que a intenção do Governo seja posta em prática. «A primeira posição da Confap sobre esta matéria é da rejeitar as pressões telefónicas que estão a ser feitas, nomeadamente na Direcção Regional de Lisboa, junto dos estabelecimentos de ensino para impôr este agregamento e já com influencia nas turmas e no início do ano lectivo», afirma. Albino Almeida ameaça avançar com providências cautelares caso não seja feito aquilo que foi acordado com o Governo, ou seja, que os órgãos das escolas, as autarquias e os pais sejam ouvidos. Contactada pela TSF sobre estas alegadas pressões, a Direcção Regional de Educação de Lisboa limita-se a lembrar que os mega-agrupamentos foram já aprovados pelo Governo e que as respectivas comissões administrativas entram em funções já no dia 1 de Agosto. A Confederação de Pais vai reunir-se, no sábado, para anunciar uma posição formal sobre este assunto. Albino Almeida critica a rapidez com que esta decisão foi tomada. «Tudo o que seja tentar correr depressa pode dar naquilo que o povo diz 'as cadelas apressadas têm os filhos cegos'. Todas as direcções regionais que se sentem à mesa, conforme nos garantiu o senhor secretário de Estado, com a direcção das escolas, com as associações de pais, com os conselhos gerais que existem nas escolas a agregar e vejam se é possível seguir este caminho», defende Albino Almeida. A Confederação de Pais não é a única que está contra os planos do Governo. O Conselho de Escolas, que se reúne com a ministra da Educação na próxima segunda-feira, também discorda dos mega-agrupamentos. O presidente Álvaro Almeida Santos lamenta igualmente que os directores das escolas não tenham sido ouvidos e advoga que a reorganização do sistema educativo volte à estaca zero. A Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas também já se manifestou contra um processo que afirma ter sido apressado e mal conduzido. Esta associação também lamenta não ter sido ouvida. Perante estas críticas, a TSF vai procurar, esta manhã, um contacto com o Ministério da Educação. Artigo e audio em: |
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