sexta-feira, 2 de julho de 2010

Moita contesta fecho de escola do Carvalhinho


Educação
Os pais e o município da Moita estão contra o encerramento da escola do Carvalhinho, anunciado pela Secretaria de Estado da Educação, e prometem tentar adiar o fecho daquele estabelecimento de ensino até à construção de um novo centro escolar, tal como previsto na carta educativa.

Vivina Nunes, vereadora na Câmara Municipal da Moita com a pasta da educação, reitera que a “comunidade educativa local está contra o fecho anunciado pelo Governo já para este ano”, sublinhando o facto de as cerca de 16 crianças daquele estabelecimento de ensino, que frequentam os quatro anos do primeiro ciclo, “terem um bom rendimento”

A autarca acusa o Governo de estar a tomar “decisões precipitadas e por razões meramente economicistas”, lamentando o facto de a tutela decidir primeiro e de só depois comunicar às entidades envolvidas aquilo que definiu. “O concelho em peso está contra a decisão, porque acima de tudo é uma medida que não olha a situações excepcionais nem a meios para atingir os fins”, acrescenta Vivina Nunes, reiterando que, se a escola fechar, as crianças em questão vão “sobrecarregar ainda mais a Escola n.º 2 da Moita, que já funciona em regime duplo”

Uma outra hipótese em cima da mesa passava por transferir os alunos da escola do Carvalhinho para o estabelecimento de ensino do Palheirão. Essa escola está, no entanto, a passar por obras até ao início de 2011, de modo a “libertar as actuais salas de jardim-de-infância para mais salas do ensino básico”. Vivina Nunes explica ainda que a Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo quer “encerrar a básica do Carvalhinho já este ano, embora a intenção deva ser adiada, para já, pelo prazo de um ano”

Relativamente ao novo centro escolar do Carvalhinho, Vivina Nunes afirma que o projecto está numa fase muito embrionária, embora adiante que a nova infra-estrutura terá cerca de 3 salas de jardim-de-infância e 8 salas do primeiro ciclo, “além do refeitório, da biblioteca, das salas de informáticas, do centro de recurso, entre outras”. Com a conclusão da obra, prevista na carta educativa a médio prazo apenas, a escola n.º 2 da Moita deixará de estar sobrelotada, contribuindo assim “para que não haja nenhuma escola no município em regime duplo”

O custo da empreitada é, contudo, um dos obstáculos à concretização do projecto. Sobre esse assunto, a autarca critica novamente o Governo, dado que este, alegadamente, “apregoa estar a injectar milhões de euros ao abrigo dos vários programas, quando na verdade os financiamentos são muito reduzidos”. “Senão forem os municípios a entrarem com o grosso do investimento, nenhuma escola avançaria neste país”, lamenta Vivina Nunes, acrescentando que o imbróglio em torno do eventual encerramento da escola do Carvalhinho só “tem trazido instabilidade ao início de mais um ano lectivo”

Setubal Na Rede - 01-07-2010


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