terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


 
 
 
 
   
 
   Pais proibidos de entrar no Jardim-de-Infância

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola do Ensino Básico Adriano Correia de Oliveira e do Jardim de Infância nº 4 dos Olivais, Agrupamento Fernando Pessoa, foi no inicio deste ano lectivo, confrontada com a existência de uma nova directriz, proibindo a entrada dos pais no período das  8 às 9.30, para deixarem os seus filhos no Jardim de Infância, alegadamente por questões de segurança.

Durante os anos transactos houve sempre uma grande ligação entre o corpo docente e os pais deste Jardim-de-infância, houve sempre um grande apoio e troca de ajuda na formação e crescimento das crianças.
 
Por hábito, havia sempre exposições para os pais verem diariamente os trabalhos das crianças, que com grande alegria e orgulho mostravam o fruto do seu labor.

No presente ano lectivo, o corpo docente do Jardim é obrigado a não deixar entrar os pais, a acabar com essas exposições e apenas a recebê-los com dia/hora e assunto marcado.
 
Uma auxiliar, tem por missão, buscar crianças ao portão e levar para as salas. 
 
Por sua vez, aos pais, coube a missão 'impossível' de fazer entender aos seus filhos de tenra idade, que não poderiam mais ir ver os seus trabalhos, porque não tinham autorização para isso, por questões de segurança.

Traduzida a revolta dos pais através de um abaixo-assinado, entregue no Agrupamento, fazendo ver que o novo procedimento não estava correcto, teve como desfecho uma única resposta que veio na reunião com os responsáveis do mesmo, foi : 'por questões de Segurança' - até agora não conseguiram os pais saber quais são essas questões.

Não foi por isso possível convencer a Direcção, do quanto é importante para as crianças o acompanhamento pelos pais até à porta da sala, onde lhes despiam os casacos, lhes vestiam os bibes, onde podiam observar os seus trabalhos pelo corredor e finalmente as entregavam às educadoras com um obrigado e até logo.
 
Numa questão de princípio, a Confap não poderá concordar nunca com a proibição de entrada num estabelecimento público de educação, a cuja guarda confiamos os nossos filhos, sem prejuízo de haver regras tendentes ao bom funcionamento do mesmo e sempre no interesse das crianças e do seu processo educativo.
 
Falando de um jardim-de-infância, do horário em questão e da faixa etária das crianças, com reduzida autonomia, parece-nos a situação ora exposta, de uma grande insensibilidade e um claro abuso de poder, não sendo sequer explícitas, ou explicitadas, as razões ou os fundamentos de tal proibição.
 
Quando falamos da fraca envolvência dos encarregados de educação no processo ensino e aprendizagem e nos acusam de passar pela escola para apenas deixar os nossos filhos à porta, não nos restam dúvidas de que com medidas assim, a própria escola o faz bem melhor que o pai mais desinteressado, habituando-(n)os desde pequeninos, porque de pequenino é que se torce o pepino, impedindo inclusive que os pais não possam ir ver os seus trabalhos, porque não lhe deixam, por questões de segurança.
 
Ocorrerá aqui, na falta dos fundamentos e das explicações, imaginar que os pais das crianças do jardim talvez sejam uma espécie menor, de criminosos, terroristas, sedentos de destruir ou de roubar afinal, a segunda casa dos seus próprios filhos. Talvez bater nas educadoras, nas auxiliares, por não terem mais do que fazer, ou ainda, qui ça, roubar os almoços ou as merendas aos seus próprios filhos.
 
Do blog da associação de pais http://www.apaiseb181.pt.vu/ constacta-se que agora:
 
  • Os pais podem entrar quando chove.
  • Os pais podem entrar quando faz frio.
  • Os pais podem entrar quando neva (achamos nós).
 
Logo todos os malfeitores da nossa sociedade, nestes dias, ficam no conchego do seu lar e não atormentam as nossas crianças, para nosso grande bem.
 

Assim, comunicamos a situação exposta, junto do Ministério da Educação e da Direcção Regional de Educação de Lisboa, no sentido de ajudar a compreender e a clarificar toda a situação.
Afinal que escolas estamos a construír? Que relação Escola/Família?
 
Em honra de Adriano Correia de Oliveira, medalha de ouro póstuma da cidade de Lisboa, lutador pela liberdade, compositor um dos fados mais bonitos com os versos sublimes de Manuel Alegre, esperemos que desta vez o vento não cale a desgraça.
 
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de sevidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Do poema de Manuel Alegre (musicado por Adriano Correia de Oliveira)
Ver no blog da associação

1 comentário:

Helena disse...

Ola Bom dia
vim te conhecer
muito prazer
gostei do topico de seu blog
voltarei mais veses
pra pesquisa-lo com carinho
obrigada pela amizade
um abraçao
/Helena/

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