domingo, 20 de dezembro de 2009



 
 
 
 
   
 

Ministério quer alterar plano de estudos do ensino básico

Por Bárbara Wong in Jornal Público - 17/12/2009


O Ministério da Educação quer fazer alterações no plano de estudos do ensino básico e vai mexer no número de disciplinas para que haja uma maior articulação das áreas curriculares. O número de horas também vai sofrer mudanças, revelou a ministra Isabel Alçada na abertura do seminário O impacto das avaliações internacionais nos sistemas educativos, no Conselho Nacional de Educação (CNE), ontem, em Lisboa.

Isabel Alçada está preocupada com o trabalho na sala de aula. Além das competências básicas na área da leitura, escrita, Matemática e Ciências, também as Tecnologias de Informação e Comunicação são consideradas essenciais, avançou a ministra, acrescentando que a tutela está a dar grande atenção ao currículo, de maneira a resolver problemas e promover melhores resultados escolares.

Além do 'ajustamento do plano de estudos' para o básico, outra das acções prioritárias é estabelecer metas de competências para cada ano de escolaridade - esta foi a primeira medida anunciada por Alçada. Esta é também uma das medidas que a maior parte dos países com bons resultados no estudo PISA (que avalia a literacia na língua materna, Matemática e Ciências dos alunos do 15 anos dos países da OCDE) já adoptou, revela o estudo Opções educativas sectoriais de alguns países integrados no PISA, coordenado por Glória Ramalho e encomendado pelo CNE, ontem apresentado.

O estudo mostra as opções educativas de seis países bem posicionados no PISA (Austrália, Canadá, Finlândia, Japão, Reino Unido e Irlanda) e da vizinha Espanha, escolhida pela proximidade. O objectivo não é 'copiar', mas a comparação pode servir de inspiração para que se mudem algumas práticas, defende Ana Maria Bettencourt, presidente do CNE.

Para Isabel Alçada, os estudos internacionais permitem 'clarificar a situação de Portugal face aos seus parceiros' e 'criar um padrão que permita apreciar se o sistema educativo nacional está a ser desenvolvido de forma correcta'.

Andreas Schleicher, da OCDE, considera que, por vezes, não é preciso gastar mais dinheiro para ter melhor educação. Os países bem colocados têm currículos claros, metas estabelecidas, bons professores e escolas com autonomia, mas também têm avaliação, conclui.



(Link ao artigo no site do Público no 'Jornal Público')

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