domingo, 20 de dezembro de 2009



  
 
 
 
   
 Nos países com sucesso não há chumbos e o 1.º ciclo tem seis anos
Por Bárbara Wong, in Jornal Público – 16/12/2009
 
“Seis anos de primeiro ciclo com um professor generalista, nalguns casos coadjuvado por outros docentes de áreas específicas. Na Austrália, Canadá, Finlândia, Japão, Reino Unido e Irlanda não há chumbos, mas progressão automática.

A excepção é a vizinha Espanha, onde o aluno pode ficar retido num dos ciclos, uma única vez, ao longo da escolaridade básica. Estas são algumas das opções educativas feitas pelos países mais bem colocados no estudo PISA, que avalia a literacia matemática, científica e na língua materna dos estudantes de 15 anos, dos países da OCDE.“

“Para Ana Maria Bettencourt, presidente do CNE, este debate é importante. 'Mesmo que estejamos face a contextos muito diferentes, o conhecimento de soluções adoptadas e a sua discussão permitem operar rupturas num pensamento por vezes bloqueado'. “

“Por cá, a Lei de Bases do Sistema Educativo, de 1986, já previa que o professor do 1.º ciclo fosse coadjuvado. Também a formação dos professores abre as portas a que os futuros docentes possam dar aulas nos dois ciclos. “

“Por isso, podia haver um único ciclo” refere Bárbara Wong citando a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), referindo ainda no artigo que:

“Também a FNE vê com bons olhos a união dos dois ciclos, desde que haja 'um maior investimento', aponta João Dias da Silva, secretário-geral. 'Desde que não haja perdas de apoios no 2.º ciclo', salvaguarda Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. O problema são os equipamentos, alerta José Manuel Canavarro, ex-secretário de Estado da Administração Educativa, lembrando que os novos centros escolares construídos pelas autarquias podem não ter lugar para os alunos do 2.º ciclo.

No que diz respeito às retenções, à excepção de José Manuel Canavarro, a opinião é unânime: é preciso mais investimento em recursos humanos para identificar os problemas logo que estes surgem. Professores de apoio, dizem a Fenprof e a FNE. 'Admito um sistema mais rigoroso e mais flexível, sem retenções, desde que haja uma avaliação continuada', remata Nuno Crato, da Sociedade Portuguesa de Matemática.
 

(Link ao artigo no site do Público no 'Jornal Público')

 
  

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