Tenho seguido com crescente preocupação o evoluir do Ensino Público no nosso país. E estremeço de pavor com algumas ideias sublimes do Conselho Nacional de Educação e seus aliados na tentativa hipócrita de resolver tal problema.
Para o governo há o pavor dos "rankings" irem fazer uma péssima figura de nós no estrangeiro. Temos de mostrar ao mundo que em Portugal o Ensino Obrigatório corre às mil maravilhas. Nem sequer há reprovações!
E qual a solução achada face à brilhante ignorância dos alunos que o frequentam? Passagens administrativas que lhes permitam pavonear-se cá dentro e lá fora. Isso será uma fonte de paz e acalmia para certos papás até agora preocupados e revoltados com as estúpidas exigências dos professores, massacrando os jovens cérebros dos seus alunos com estapafúrdias exigências. Eles, os tais meninos, precisam é de aproveitar os prazeres de um mundo novo, sem limites morais a cair de caducos, e não perderem tempo com latinices embrulhadas em estúpidas matemáticas com vagos perfumes filosóficos...
Viva a verdadeira mocidade: a da ignorância e a da preguiça!
Será isto verdade ou alucinação da minha mente fatigada?
O estudo e o saber não são necessários? Porque recorrer a falsas estatísticas para simular o que não existe?
Inútil todo o esforço dos que nos precederam!
Não, não quero acreditar nesta visão de pesadelo! Certamente os responsáveis pela Educação no nosso país irão reconsiderar. Será a única forma de, nesse sector, nos impormos ao respeito no estrangeiro. Não são as estatísticas falseadas que o conseguem!
E pensar que só o estudo e o saber podem ensinar a compreender devidamente a moral e os costumes vigentes no nosso país. A melhorá-lo em cada dia, como é tão necessário! Aqui e lá fora.
Ou teremos chegado aos limites da nossa Evolução na Terra e iremos apagar-nos como tem sucedido a outros hominídeos no passado, tal como o Homem de Neandertal cuja extinção é contemporânea da chegada do Homo Sapiens Sapiens a cuja estirpe pertencemos?
Mas não acham que ainda é cedo para isso?
Notícia no Jornal a Voz de Trás-os-Montes, de 13 de Novembro de 2008
Escrito por: Ana Maria Aguiar Macedo
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