«Bem hajam ASSOCIAÇÕES DE PAIS pelo vosso voluntariado interessado em prole de outros que não encontram disponibilidade em estarem "disponíveis" para estas tão importantes acções em benefício da educação.»
«Que esta seja uma mais valia para melhorar o trinómio escola-aluno-família. Nos tempos de hoje onde as máquinas, os trabalhos de cada um, o "stress" estão instalados na família, sendo esta o núcleo primordial de uma sociedade, há que "dinamizá-la" a encontrar-se como porto seguro e activo onde os seus elementos se encontrem e estabeleçam vínculos intensos a nível emocional, psicológico e onde os valores morais, sociais e éticos..., façam dessa mesma família aquela que nos "atormentados" dias do nosso quotidiano é a que deve sempre existir e que não se demita das suas funções primordiais e básicas.
Entende-se que hoje os pais tenham que se ausentar para trabalharem, mas que não descurem o seu papel principal que é "educar" e que não o passem constantemente desculpabilizando-se pelos seus trabalhos/falta de tempo, para terceiros, nomeadamente, para a ESCOLA/Outras instituições. Esta e seus professores têm uma responsabilidade de "instruir" os nossos filhos e ajudarem à sua educação no sentido lato.
Por favor, que nós os pais entendamos que não nos podemos demitir da educação, apesar dos tempos e exigências do nosso tempo.
Não pensemos também numa escola a tempo inteiro... 12 horas...?!?!::: Já pensaram que o nosso parque escolar não possui estruturas e recursos humanos válidos para este tipo de atendimento? Querem os nossos filhos "fechados" e bem entregues, mas em condições físicas, psicológicas e porque não dizer também, pedagógicas, que em nada favorecem o seu desenvolvimento harmonioso e estável?
Afinal, nós os pais o que queremos, será que não temos laivos de certo laxismo em entregar esta tão árdua tarefa para os outros, para que a nossa consciência fique tranquila, pois os nossos filhos estão entregues e seguros durante imensas horas (as tais eventuais 12h?!?!), lavamos as mãos e vamos no nosso papel de bons pais (porque o que queremos ser - e será que não somos?...?), conscientes que o mais importante são os nossos exigentes trabalhos e por vezes delegamos coisas tão importantes (laços, vínculos emocionais, problemas psicológicos...etc...) para os outros - professores, auxiliares educativos - resolverem... Será que já pensamos bem neste tão importante vector?!? (mea culpa também).
Vimos, lemos, o que os entendidos dizem (pedagogos, psicólogos, psiquiatras, etc), que grande parte dos problemas dos nossos filhos (drogas, prostituição, suicídio, ausência de objectivos, ... etc ...) desde o pré-escolar até aos estudos superiores advêm exactamente por esta tão evidente demissão da família, em ser o núcleo primordial da educação/sociedade pois através das relações interparentais deveriam fortalecer vínculos emocionais/psicológicos, que conduzam à tão difícil arte de educar . (...) Estabelecer regras de todos os tipos de que a criança/adolescente necessita e urge (para sua maior segurança ao desenvolver-se), pois sem este tipo de acção de co-responsabilidade - criança/família/sociedade - onde impera o diálogo, entendimento, amor, o vincular dos papéis de cada um nesse mesmo núcleo, a premissa sempre presente de moral autónoma.
"Não faças aos outros, o que não queres que te façam a ti", o educar para a cidadania!... no fundo "EDUCARE"!!!!..
Se nos demitirmos e deixamos esta tão importante "tarefa social" para as instituições, então temos problemas com os nossos filhos/escola/sociedade, etc!...
Devemos trabalhar em conjunto para o benefício dos nosso filhos - agentes sociais - alunos, com estas instituições que muito nos ajudam, mas não nos podem substituir.
A cada instituição o seu papel bem exercido e na sua interacção responsabilizada saímos todos a ganhar, nós e a sociedade!
"Lembremo-nos, os professores também são pais!!!!"
Testemunho anónimo em resposta a um inquérito realizado pelas Associações de Pais do Concelho de Chaves no Fórum da Educação - Abril de 2009
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