Enviado por Sábado, Março 21 @ 14:47:18 CET por Amaral
O número de consultas de obesidade pediátrica está a aumentar em Portugal. 61% das crianças que aparecem nas consultas têm menos de 10 anos. “Crianças com excesso de peso aparecem cada vez mais e com menos idade", diz Graciete Bragança, pediatra no Hospital Amadora-Sintra. Sensibilizar os pais para a prevenção e acção é essencial para evitar complicações futuras.“Crianças com excesso de peso aparecem cada vez mais e com menos idade. A epidemia do séculos XXI alastra-se e, na verdade, é já a partir dos 2 anos que os pais começam a levar os filhos à consulta. No entanto, a média de idade dos consultados nos serviços de pediatria ronda os nove anos”, refere Graciete Bragança, pediatra no Hospital Amadora-Sintra e responsável pelo estudo que analisa a obesidade infantil. Dados apresentados, no 26.º Encontro Nacional de Clínica Geral, a decorrer em Vilamoura, indicam que 21% das crianças avaliadas têm excesso de peso e 9,5% são obesas. São os alunos do 1º ciclo os que apresentam um maior índice de gordura corporal. O estudo revela ainda que 49% das crianças com excesso de peso ou obesas tem joelho valgo (uma deformidade ortopédica que se caracteriza pelos joelhos curvados para dentro); 25% são insulino-resistentes e 18% tem esteatose hepática (acumulação de gordura no fígado). Denunciando o risco de persistência da obesidade na idade adulta, o estudo comprova que em crianças na fase pré-escolar a incidência em adulto é de 26% a 41%, sobe na idade escolar para uma prevalência de 42% a 63% e na adolescência tem uma representação de 66% a 78%. Manuela Ambrósio, médica de família no Centro de Saúde do Entroncamento, afirma que, “na sua maioria, os pais não estão atentos para o excesso de peso dos filhos. Em consultas de rotina, é o médico de família quem identifica a situação. Em muitos casos, os pais menosprezam o problema e raramente respondem positivamente às recomendações feitas pelo seu médico”.“O excesso de peso representa uma menor qualidade de vida para a criança que se cansa com facilidade, tem dificuldade em mexer-se e apresenta uma baixa auto-estima. Sensibilizar os pais para a prevenção e acção, reforçando as complicações futuras deste problema, é essencial”, conclui a médica de família.
21Março2009
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